O evento aqui apresentado se insere nas atividades do Projeto “Preservação do Acervo Documental da Casa de Detenção do Recife – Prontuários”, aprovado pelo edital 07/2010 – Multiusuários/Acervos da FACEPE. A idéia central é realizar um encontro acadêmico onde possam ser apresentadas e discutidas pesquisas recentes sobre temáticas que se relacionem diretamente com o tipo de documentação privilegiada pelo projeto, tais como prisões, polícia, criminalidade, segurança pública, não apenas na perspectiva de análise da História, mas também de outras Ciências Humanas e Sociais. As mesas-redondas e conferências que ocorrerão durante o evento reunirão professores e pesquisadores de várias áreas do conhecimento, oriundos de diversos estados do país como Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Alagoas, Rio Grande do Sul, Bahia, o que se configura numa oportunidade de intercâmbio entre diversas experiências de pesquisas, além de ajudar a se pensar nacionalmente as questões referentes à segurança pública sob a ótica das Humanidades.
A riqueza e amplitude dos temas sociais, políticos, educacionais e culturais que esse campo de investigação possibilita vêm interessando a professores e estudantes de graduação e pós-graduação em todo o Brasil. Assim, o estudo das prisões, polícias, criminalidade e repressão conta com o interesse de pesquisadores não apenas da História, mas também de outras áreas, como a Geografia, a Sociologia, a Antropologia, o Direito, a Educação. É grande a diversidade de temas e abordagens teórico-metodológicas. Na última década, foram publicados diversos livros e artigos, teses e dissertações, em todo o Brasil, que trazem à tona questões referentes à história de nosso sistema penitenciário e seus detentos, sobre criminalidade, violência e formas de controle social e estratégias de disciplina/punição das classes populares que se relacionam com a prisão, como, por exemplo, a polícia e as leis penais.
Apesar desse interesse crescente e do número cada vez maior de publicações, essas temáticas não têm sido discutidas, sobretudo pelos historiadores, num campo para além das páginas dos periódicos. Sendo assim, esta proposta de evento se justifica por proporcionar o debate entre os pesquisadores, professores e estudantes, trazendo à tona novas questões e metodologias em pesquisas sobre a segurança pública no Brasil.
